Capitão Carvalho e policiais prestigiam a sessão
Empresários Berg, Suellington e Erinaldo, assitem a sessão com a ex-vereadora Dagmar Suassuna
A expectativa criada em torno da resposta que os vereadores dariam hoje, durante a sessão ordinária, ao chefe de gabinete da prefeitura, Klinger Pinto, pela sua declaração desrespeitosa com o legislativo, despertou o interesse da população e o resultado foi um plenário lotado.
Nem todos os vereadores se pronunciaram a respeito da frase proferida pelo chefe de gabinete de Apodi, que num evento em Natal usou a expressão “vereador e merda são a mesma coisa”, o que provocou revolta não só nos vereadores, mas em toda a população que considerou uma falta de postura e de respeito para com todos aqueles que ocupam ou já ocuparam o cargo.
O vereador Chico de Marinete foi o primeiro a falar sobre o assunto e pediu a Klinger respeito pelo legislativo apodiense, que hoje é uma referência no Estado. “Ele foi infeliz na sua colocação, mas poderia ter a humildade de reconhecer que errou e pedir desculpas pela falta de respeito não só com os vereadores, mas com todos aqueles que nos colocaram como seus legítimos representantes”, disse.
Continuando seu discurso, o vereador acrescentou que “não é com ameaças e palavrões que vão conseguir nos intimidar e fazer com que mudemos a nossa postura independente e fiscalizadora”, garantiu Chico, que convocou todos os vereadores a se unirem contra o que considerou uma baixaria. “Ele quer ter o poder de delegado, mas nós temos um poder maior, que nos foi dado pelo povo, através do voto”, completou.
Para o vereador Genivan Varela, a declaração do chefe de gabinete “ é uma ofensa a todos os que já passaram por esta casa, inclusive à atual prefeita, mas eu só queria dizer uma coisa: a mesma palavra que ele usou para se referir a nós, resume tudo o que ele fez pela saúde do município, apesar de ter ocupado um dos cargos mais importantes na área”, declarou.
Mais comedido no seu discurso hoje o vereador Júnior Carlos não se ateve muito a essa discussão, mas também se mostrou solidário aos colegas e indignado da mesma forma com a declaração desastrosa, concordou com a expressão utilizada por Genivan para definir o trabalho desenvolvido pelo chefe de gabinete quando foi secretário de saúde do município.
A reação do vereador Arnaldo Costa às palavras de Júnior foi imediata, pedindo que o colega tivesse respeito às autoridades presentes. “Vamos deixar de lado as “picuinhas” porque temos coisas muito mais importantes para resolver no nosso município e precisamos amadurecer para não ficarmos dando ouvidos a todo boato que surge nas esquinas”, disse Arnaldo, recebendo o apoio de Júnior Souza, que também pediu para que os “desaforos inconvenientes” não atrapalhem a harmonia da casa.
Como resposta, o presidente da casa, João Evangelista fez questão de esclarecer que não se trata de boatos, nem de “picuinhas”, porque o fato foi presenciado pelo presidente da Câmara de Assu, Odelmo Rodrigues. “O episódio foi confirmado por um cidadão respeitado em toda a região do vale e que obteve 2.700 votos na última eleição; então não podemos dizer que se trata de boato, mas deixemos que a população julgue”, completou.